Pra que escrever ficção?

Peça teatral baseada na história de Kafka e a boneca viajante

Gostaria de responder a pergunta proposta pelo título com uma das muitas historinhas curiosas que encontrei em Desvarios no Brooklyn, um romance do escritor americano Paul Auster. É provável que não seja um dos melhores títulos do autor, principalmente se comparado ao Livro das Ilusões ou à Cidade de Vidro, mas se salva graças à… Continuar lendo Pra que escrever ficção?

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O Homem Que Pronominava

De todas as manias de Telorêncio Catanduva de Aguiar, nenhuma se igualava à sua obsessão pelos pronomes e pela correção gramatical. Os colegas de trabalho o consideravam um chato de polainas e abotoaduras (sim, Telorêncio as usava!), pois a ele não bastava se exibir com a próclise, a mesóclise e a ênclise: sem modéstia e… Continuar lendo O Homem Que Pronominava

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Sugiro os russos

Anton Tchekov, o maior escritor russo de todos os tempos

Com o calor que já está fazendo — e com o ar-condicionado quebrado — o jeito é abrir todas as janelas e começar a ler os russos. Sim, os russos, as comédias de Gogol, os dramas de Dostoiévski, os romances de Tolstoi, os contos de Tchekov. Em vez desse mormaço que, no mundo da realidade,… Continuar lendo Sugiro os russos

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Como começar um romance?

Ninguém sabia começar - e terminar - como Nabokov

Escrever um romance não é fácil, como fácil não deve ser encontrar um começo interessante para ele. É que o bom romance mostra a que veio logo na primeira linha: “Você sabe como é. E ela se sentou na minha frente e cruzou as pernas.” É desse jeito que Oswaldo França Júnior dá início às… Continuar lendo Como começar um romance?

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Uma do Nelson

Essa quem me contou foi o Moacir Loth. Diz respeito a Nelson Rodrigues, o anjo pornográfico, o tarado de suspensórios, o patife da montanha, epítetos é que não faltam para caracterizar um dos mais famosos jornalistas brasileiros de todos os tempos. Embora não tenha encontrado a historinha do Loth na biografia escrita pelo Ruy Castro,… Continuar lendo Uma do Nelson

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Cronistas e Romancistas

Um rápido olhar sobre a imprensa brasileira contemporânea, ou mesmo sobre a imprensa mais antiga, abarcando todo o século XX e boa parte do XIX, revelará a constante e ostensiva presença de cronistas que, nas horas vagas, dedicaram-se também ao romance, o mais braçal dos gêneros literários. Exemplos temos em Machado de Assis e José… Continuar lendo Cronistas e Romancistas

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Escrevo Romances?

É difícil ser romancista no Brasil. Não me refiro às dificuldades do mercado editorial, aos direitos autorais, à escassez de leitores, a nada disso. Refiro-me ao fato de que o público brasileiro possui uma ideia muito peculiar do que seja um romance. Tempos atrás, ao visitar escolas, costumava me apresentar da seguinte forma: — Sou… Continuar lendo Escrevo Romances?

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Don Juan X Romeu

No canto esquerdo, com séculos de conquistas e tradição, o protótipo de um mulherengo barato e concupiscente que dedica a vida a seduzir suas vítimas em busca de sexo e nada mais. No direito, endossado pela retórica shakespeariana, um fidalgo de espírito jovem que não hesita em jogar com a morte para ter em seus… Continuar lendo Don Juan X Romeu

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