Português macarrônico

Essa crônica é do tempo em que a Globo gostava dos "intalianos"

Apesar da fixação que a TV brasileira tem pelo sotaque dos italianos, o nosso audiovisual ainda não revelou a contento as potencialidades e os sabores do autêntico português macarrônico. Nas inúmeras vezes que realizaram novelas ou minisséries sobre imigração europeia, autores e emissora perderam oportunidades legítimas de trazer à cena, mesmo que superficialmente, duas figuras… Continuar lendo Português macarrônico

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Matar ou morrer

Euclides da Cunha: morto num "duelo" com o amante de sua esposa

Superprotetora que é, minha mãe sempre me aconselhou a usar cinto nas calças e nunca brigar por causa de mulheres. Embora esteja até hoje matutando sobre o primeiro item do seu conselho, acho que desde cedo entendi a importância e a utilidade do segundo. Não será tão grave levar uns cascudos e sair com o… Continuar lendo Matar ou morrer

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Escritores retirantes

Salinger, o protótipo de escritor recluso

Existe uma doença — vou chamar de doença — que acomete certos escritores e, por consequência, seus críticos e leitores. Em determinado ponto da carreira, depois de um ou dois livros de sucesso, eles simplesmente param de publicar. Não estou falando de autores obscuros, mas de vultos incomparáveis da literatura universal. Intrigado diante de casos… Continuar lendo Escritores retirantes

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Escritores por inteiro

Por causa da falta de espaço, mas também por questões políticas, ideológicas e falsamente morais, os escritores sempre são apresentados de forma incompleta nos livros didáticos. Datas de nascimento e morte intercaladas por breve histórico biográfico, características genéricas da obra (como se um livro fosse necessariamente igual a outro pelo simples fato de pertencer ao… Continuar lendo Escritores por inteiro

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Pequenos grandes romances

Sobre a qualidade dos livros dos escritores do nosso e de outros tempos, tenho uma “tese” meio controversa que, por isso mesmo, não deve ser levada a sério. Mas insisto em descrevê-la e exemplificá-la; afinal de contas, assim como este espaço precisa ser preenchido, a necessidade de se discutir literatura, ainda que essa seja a… Continuar lendo Pequenos grandes romances

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Inculta, bela e… contaminada!

Imagine-se abrindo algum site e lendo a seguinte nota: “Devido ao ancenúbio dos preconícios, um runimol de ludâmbulos, ainda que na estação dos focales, chegou em busca de festas e convescotes.” De duas, uma: ou você se achará o menos preparado dos leitores, ou ficará fulo da vida com o alvissareiro, quer dizer, com o… Continuar lendo Inculta, bela e… contaminada!

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Profissão: cronista!

O Príncipe dos Poetas Brasileiro também soube como errar

Ai de nós, cronistas, que nos atrevemos a mostrar a face e o texto nos periódicos da vida. Por escrevermos no calor da hora, ficamos à mercê das falhas e dos equívocos mais estapafúrdios. Para exemplificar o que digo, citarei um caso famoso: Olavo Bilac.Para quem não sabe, o príncipe dos poetas parnasianos foi um… Continuar lendo Profissão: cronista!

Karl May

Acho que sou um dos últimos leitores do romancista alemão Karl May (1842-1912). Digo isso porque, pelo menos até hoje, nunca encontrei alguém mais novo com quem pudesse conversar sobre as façanhas de Mão-de-Ferro e Winnetou. Com um pouco de sorte, tais conversas se realizam com senhores sexagenários que, provavelmente mais nostálgicos que eu, não… Continuar lendo Karl May

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Ler dá lucro?

Ler é uma atividade necessariamente ligada à ascensão social? Óbvio que não. Aliás, este é um dos grandes mitos semeados nas entrelinhas das campanhas institucionais que promovem o hábito da leitura. Calma lá!, dirão vocês. Muitas pessoas bem sucedidas em termos de finanças são apegadas aos livros e à reflexão. Certo, respondo eu. Mas muitas… Continuar lendo Ler dá lucro?

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O senhor tem toda razão

Não estou para discussão. É que certas discussões não servem para nada mesmo. Na escola nos ensinam que devemos defender nossos pontos de vista com religiosidade canina, mas basta que entremos no mercado de trabalho para descobrir que não há ponto de vista mais certeiro que o silêncio. “Pão, pães, é questão de opiniães”, já… Continuar lendo O senhor tem toda razão

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