Lancei em 2009 um livro de contos chamado Casa Velha Night Club. O último conto, bem longo, que pode ser classificado como “novela”, recebeu o título Canil Para Cachorro Louco. É a história de Genésio Campanelli, um professor que sofre uma chantagem sexual e não sabe o que fazer para sair do aperto.
A ideia era pegar um tema clássico — o da chantagem — e dar a ele um andamento imprevisto. Deve ter funcionado. As desventuras do pobre professor Genésio tiveram uma edição solo em 2013 pela editora Gryphus, do Rio de Janeiro. É um volume de 80 páginas com uma capa bem bacaninha. Gostei.
Desde aquela época havia o desejo de transformar Canil Para Cachorro Louco num média-metragem. O desafio estava na diferença entre as linguagens fílmica e literária. Muito do que acontece ao protagonista tem a ver com literatura, inclusive em sua dimensão metalinguística, e isso não teria o mesmo impacto numa tela.
Depois de muito tempo, e de muito quebrar a cabeça, tomei a decisão que determinaria o estilo geral do roteiro: tudo que tinha a ver com a milenar arte da literatura se transformaria num diálogo com a centenária arte do cinema.
Ou seja:
Se o livro Canil Para Cachorro Louco brincava com o fazer literário, o filme Canil Para Cachorro Louco passaria a brincar com o fazer cinematográfico.
Roteiro pronto, fomos em busca de recursos para as filmagens. Depois de elaborado o projeto em minúcias, conseguimos aprová-lo na Lei Paulo Gustavo de Blumenau (SC), onde deve acontecer a maior parte das gravações.
Neste momento estamos em plena pré-produção. Ensaios com os atores, testes de cabelo, maquiagem e figurino, busca por locações e objetos de cena, planejamento logístico, tudo faz parte de um esforço coletivo para que a produção ocorra sem muitos dos problemas comuns num set de filmagem.
Os atores são profissionais e a equipe técnica não poderia ser melhor (falarei sobre todos nos próximos posts). Graças ao apoio de diversas instituições sediadas em Blumenau — Fundação Hering, Secretaria de Cultura —, estamos levando adiante o sonho — que tantos outros produtores ajudam a realizar — de tornar Santa Catarina um polo de produção audiovisual.
Agradeço o apoio de todos.
E vamos em frente.
Sensacional meu amigo. Desejo muito sucesso.
Quanta admiração tenho por você Maicon! Sempre se lançando em novos vôos. Sucesso querido!
É isso aí, tia. Na luta.
Parabéns Tenfen. Vc é um talento.
Alguém já disse que para quem vive do mar “navegar é preciso, viver não é preciso.”
Para o escritor “viver não é preciso, mas as palavras devem viver, seja através de livros, teatros, filmes, jornais etc….. elas precisam alcançar seu destino: as pessoas.”
O talento do Maicon, menino de Ituporanga, é tido e reconhecido. Sou admirador há décadas, é gente nossa, é de casa. Claro que será sucesso, cuja fórmula é inspiração e trabalho. Maicon tem de sobra.
Grande Valther. Obrigado aí. Abração.
Parabéns professor Maicon,
Fazer cultura no nosso país tem desafios diários, já curiosa para ver o resultado dessa produção!!
Valeu, Lígia. Abração.